domingo, 22 de novembro de 2009

Mais uma madrugada

São 5 da manhã, o sol tá batendo, pedindo licença pra sorrir e na tevê rola um clip do Placebo, com o clássico "every you, every me". Mil pensamentos, uma angústia presente. Como em minutos pude mudar tanto o meu humor? Chegar eufórica após um bom filme de suspense/terror com início as exatas 00:00h de um sábado, que acabou em um barzinho com uns amigos conversando a toa, sem lembrar o quanto a vida cobra de cada um naquele mesa, de formas diferentes.  Se sentir o máximo pode as vezes parecer tão mesquinho, tão egoista, mas mesmo assim você demora pra pensar sobre tudo isso. Uma noite a mais em um bar, uma conversa a mais, pode parecer tanto pra outra pessoa. Você pode ser tão importante pra alguém que é capaz de esquecer isso, e agir da maneira mais estúpida somente se importando com seus gostos, suas vontades, e com sua própria noção da vida.
O quanto é comum esquecer, e apenas lidar de forma automática com a mais sincera forma de amar e ser amado. O cuidado, a preocupação movida pelo simples "querer-bem" tantas vezes visto como mais uma cobrança, mais uma crítica, mais uma palavra, ou algumas tantas ditas sem serem absorvidas por você. Quantas vezes você também se importou? Quantas vezes já sentiu que aquele alguém não merecia tudo isso? Quantas vezes, tantas vezes você apenas fechou os olhos e quis mudar algo? Tantas oportunidades, quantas verdades.
O pior não é simplesmente se dar conta de que você de fato não merece tanta preocupação, tanto cuidado, tanto carinho e afeto gratuito. O pior não é sentar na cama após alguns goles de cerveja e boa conversa, com o pensamento de que não é tudo isso, de que pisou na bola mais uma vez. A pior certeza talvez seja a de que você provavelmente vai cometer a mesma burrada. É tentar dormir e se virar de um lado pra outro da cama com o mesmo pensamento, o mesmo desejo de reparação, de desculpas aceitas, de ter feito algo diferente, ou que não desse mais uma de "você mesmo"!
Na tevê rola agora uma versão ultrapassada, quase que idêntica de Britney Spears dos anos 70 ou 80, que não fui capaz de distinguir exatamente quem era, mas sem dúvida um daqueles videos toscos, mas clássico. A vontade era de não ter escrito nada, de ter apenas deitado e sonhado como um bebê, tranquilo, em paz, sem saber ainda do quanto a vida pode ser maluca, imprevisível e tosca. Nada feito! Sonhar acordado as vezes é mais fácil e mais emocionante, e bem mais perigoso, assim como qualquer pensamento real, na tentativa de descobrir um pouco mais sobre seus defeitos e qualidades, sobre suas atitudes e justificativas, sobre sua mania de tentar ser o que você é.
B-52 dá sinal de que o sol já nasceu em algum canto do país, e que logo os seus raios vão invadir a janela do meu quarto. Hora de dormir. Nada feito! Tentativa frustrada, o jeito é ir tentar ler um livro. Nada feito, mais uma vez?! Oasis assume pro meu alívio, e ao som da voz singular de Liam Galagher tento pela última vez dormir..

Bons pensamentos pra vocês!

Um comentário:

  1. AAH, Lú tudo que você escreve é super massa , eu AMO vim aqui ; eu reflito sobre tudo o que passei, sobre tudo que estou passando . não sei explicar, não tenho nem palavras diante das suas palavras.
    Você é FODA :D

    Beijo , como toda vez que venho aqui não posso deixar de falar , EU ADORO O QUE VC ESCREVE ! AMO ;

    PARABÉNS

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Só quem sonha acordado vê o Sol nascer

"Existo onde não sou" Sigmund Freud
"Sem a música, a vida não teria sentido" F. Nietzsche
 
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