terça-feira, 11 de julho de 2017

Aquela menina do acaso

De repente você sai de casa, decidida a explorar o mundo, às possibilidades, se deixar levar pelo que o acaso preparou para você. Sem muitas expectativas, passo lento, manso e de repente ela chega. Envolta em uma surpresa boa, cheia de detalhes que te fazem parar, olhar e ficar imaginando como seria trocar algumas palavras. Ela passa por você suavemente, como uma brisa de primavera em dias quentes.
Você fica presa naquela imagem, naqueles gestos, naquela voz que troca poucas palavras com outro desconhecido na rua, mas aí os caminhos deixam de se cruzar ali, na próxima esquina e você fica apenas sorrindo, encantada por ter começado o dia tão bem. Ao mesmo tempo se perguntando se poderia não ser acaso, mas começar a ser sua rotina e quem sabe ter uma oportunidade de ganhar aquele sorriso direcionado a você.
O dia segue lento, você ainda com aquele pensamento. E se foi coisa apenas de momento, ou seria o momento inicial de toda uma vida? Não, você não acredita mais em paixões a primeira vista ou em romances ideais. O próprio acaso te fez acreditar em coisas mais reais, e menos literais. Ainda assim o relógio é seu carrasco e você só quer voltar a ganhar a rua e procurar aquela menina que virou a esquina e bagunçou todo o seu dia.
Quem sabe, acreditar que não era nada de acaso, e sim predestinado aquele encontro. Então, sem querer, você a encontra ali sentada a sua frente do outro lado da rua. Seu coração dispara, e a coragem vem aos poucos, mas você sabe que tem que ser agora, que pode não ter outra chance. E você vai, afinal, o primeiro "oi" pode fazer valer toda a história no final, ou apenas um sorriso te dizendo que acreditar no melhor do novo dia ainda é seu ponto de partida.

- L. Martins

Só quem sonha acordado vê o Sol nascer

"Existo onde não sou" Sigmund Freud
"Sem a música, a vida não teria sentido" F. Nietzsche
 
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