terça-feira, 14 de abril de 2009

Entre dois mundos

Hoje é comum nos colocarmos em situações extremas. Hoje é comum ver semelhantes em busca de respostas, nos pedindo ajuda, sem saber o quanto gostaríamos também de ter aquelas respostas. O problema não está nas respostas, mas sim nas perguntas a serem feitas.

Quanta futilidade em meio a coisas tão mais nobres. É um não enxergar a beleza da vida que espanta, assombra, e torna a esperança tão insensata, pesada, triste. São meninas nos seus melhores anos colocando tudo a perder, vendo o tempo passar. Não, longe de mim dizer que ver o tempo passar é ficar na mesa de um bar com os amigos. Prefiro a feliz conversa criativa de uns tantos a celebrarem a vida, do que passeios em shoppings, e lojas de grifes endeusadas pelo mundo a fora.
É comum ver a perda de valores. É comum achar comum tal perda. Quanta apatia, quanta falta de bom senso. Espera, alguém hoje ainda sabe o que é ter bom senso? Não, por favor. Não é frequentar o point social daquele ou desse lugar para ficar em foco. É bom senso, de SENSATEZ... Mas, o mundo hoje é dos insensatos. Ah como era bom gritar aos quatro ventos "Curto a minha insensatez", após ouvir frases musicas de Renato Russo, Herbert Viana, Cazuza, Bono, Caetano, Téd Corrêa. Ser insensato já foi questão de rebeldia, de se ter algo a dizer, de querer viver um mundo com todas as possibilidades e sentimentos a flor da pele.. É, mas esse tempo já foi. Os sentimentos principalmente. Como alguns nostálgicos vão sentir falta destes daqui mais uns anos... Tudo não vai passar de um capítulo em um livro da história, em uma biblioteca empoeirada e vazia de pessoas. Apenas o conhecimento descansando em um sono profundo, quase intocável.
Sim, ainda há esperança. Sei que cresci em um mundo em que o capital indica o valor de alguém. Mas prefiro criar o meu mundo, com os meus princípios, minhas identidades, meus conteúdos simplórios, mas tão significativos, e o melhor, repleto de afeto. Amor, amizade, compaixão, humildade, HONESTIDADE, respeito são as minhas diretrizes. Não quero ver mais um mundo preso a marcas, a modelos, estereótipos e paradigmas cansados, velhos.. Quero o novo, o Meu novo... Pede-se inovação, estão preparados para receber? Aposto que não. Sim, o ceticismo existe, após se ver em manchetes pais sem afeto pelos filhos, filhos sem respeito pelos pais, famílias de um homem só, violência, barbária cotidiana, e mais uma vez ali, ela, a apatia gritando, vitoriosa enquanto segundos se perdem no tempo... Quer ser mais um com a impressão de uma marca? Mais um na multidão? Essa é sua hora, seu momento então.
Reestabeleça os valores...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Ensaio sobre o destino

Quem nunca se viu preso a uma armadilha do então famoso “destino”?
Você e eu, grande e claro exemplo.
Duas pessoas. Um elo.
Sem a mínima intenção de se conhecer.
Mas, sem saber como evitar o encontro.
Talvez fosse mesmo algo “pré-destinado”.
Quem vai dizer o contrário?
Talvez eu ou você, duas vítimas então.
Não, realmente não há escapatória.
O acaso é o melhor escritor, de comédias, de dramas, de toda e qualquer história humana.
Pra que marcar encontros nessa vida, se quando eles são “ao acaso” soam sempre mais naturais e intrigantes; viram poemas, músicas, crônicas, aprendizagem aos semelhantes...
Dois estranhos, três, quatro, cinco ou mais.
Não há limites.
Não há maneira melhor de definição.
Talvez seja isso, talvez a estranha forma de não poder se definir nos atrai até este ponto.
Talvez nem ao mesmo saiba o que falar aqui, agora, lá, daqui a um mês, ali, daqui a um ano..
Talvez não saiba o que sentir... Talvez, talvez...
Quanta incerteza, quanta criatividade nesse roteiro que vivemos... Sem os clássicos e previsiveis finais felizes, ou dramas mexicanos.. apenas.. de momento a momento.. reescrevendo, aprimorando.. vivendo...
E eis que vem o climax, a exaltação, apenas para deixar tudo tenso.
Já sem ver mais atração entre os personagens que criou, o destino vem com sua fúria e destr[oi toda e qualquer história que desejar...
E aí sim, tão melhor enxergar ele como culpado, e nós como figurantes.
As horas soam lentas, pesadas e distantes.
Os pensamentos, esses são disformes em sua confusão clássica.
Não há certeza, e se um dia houver,
talvez seja sábio não a conhecer...
quem vai dizer o que é certo viver,
o que é certo esperar, quem é certo amar,
o que é certo dizer, que sentimento é certo negar...
Quem vai ter coragem, ou covardia pra dizer?
Quem irá se entregar, ao destino e seu bel-prazer?

Apenas se entregue.. respire, vá ao acaso.. encontre-se e se perca no caminho...

Só quem sonha acordado vê o Sol nascer

"Existo onde não sou" Sigmund Freud
"Sem a música, a vida não teria sentido" F. Nietzsche
 
Pensamentos Pulsionais - Blogger Templates, - by Templates para novo blogger Displayed on lasik Singapore eye clinic.