terça-feira, 29 de setembro de 2009

O medo de não ser (Parte 2)


O tempo passou, os dias, as horas corriam
as ruas e as pessoas sempre ali à sua espera, e nada.
Nada fez mudar a rotina e suas angústias
A única certeza que tinha, nada mais que esperança
Assim foi sua vida até não aguentar mais.
Preferiu deixar de lado a busca pela verdade
quis aceitar, quis encarar de frente suas dúvidas
o medo enfim não lhe paralisava.
Preferiu tomar a consciência de que viver era bem mais que isso
viver era se permitir ter medo de não ser o que sonhou.
Não aguentou mais tantas ameaças
não queria mais uma vida passiva e monótona.
Quis pular pra vida, quis aventuras e amores.
Não se contentou com pessoas normais
achou a loucura mais atraente e divertida,
quis enlouquecer também, não quis a realidade.
Cansou das projeções que recebia, o grito por fim apareceu.
O medo ainda estava ali, mas agora com um gosto diferente
Ser o que afinal? Querer só o que se pode?
Não! O desprazer de ficar parado era visivel
Era hora de não ser mais o que sempre foi
Nem certo nem errado, aluno do acaso.
O medo era agora um figurante na história
Sem máscaras, sem amigos idealizados, sem mentiras.
Foi viver o que sempre quis ser,
livre, sonhador, amante, louco e diferente.
Foi conquistar a vida e ser conquistado por ela.
Andar por pensamentos e aceitar o perigo
Resolveu por fim, sentir o medo
de amar e não ser amado, der ser o que não queriam
de viver sem ter porque nem destino certo,
sentir o medo de ser importante pra alguém.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O medo de não ser (Parte 1)


Chegou a pensar que um dia as coisas poderiam mudar
Os passos foram tomados, as palavras foram ditas
Mascáras cairam enquanto a cortina estava aberta
O mundo agora era uma platéia fervorosa
A vida uma janela interativa.
Angústias se misturavam com alegrias
e o medo de não ser o que já quis ser
medo de ser feliz, com o medo de não poder
Querer estava sempre entre os pensamentos
as ideias que um dia foram seu caminho
hoje já não eram mais que simples recordações de um sonho.
Sonho de ilusões coloridas e carnavalescas
aliaram-se as amizades, as relações fracas e dissimuladas.
O turbilhão estava formado, entre ser e não ser, o medo.
As pernas paralisaram, assim como a coragem de sentir
quis gritar ao mundo o que de mais seu possuía.
Mais uma vez as ideias voltaram, as angústias e as alegrias,
mais uma vez quis separar os amigos verdadeiros dos vermes.
Deixou o tempo passar, acreditou que eram só ideias
resolveu parar, não podia mais falar, não podia mais aguentar
quis parar o tempo, e deixou a vida suspensa, ficou sem ar.
Enxergou o que lhe tornou cego, quis ver e acreditar
por mais um tempo quem sabe, resolveu tentar.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Por quê Psicologia?

Há tempos alguém me pergunta de um lado ou de outro o motivo pelo qual escolhi a psicologia, se foram influências de amigos, que motivos me fizeram deixar de lado outras carreiras. Durante algum tempo, tambémme perguntei diversas madrugadas se de fato tinha feito a escolha certa, se ter abandonado o esporte, a educação física, a comunicação ou outra área teriam sido a melhor alternativa de fato. Busquei a psicologia pelo simples fato de sempre ter me interessado pelo comportamento humano, as crises emocionais, a forma como o homem se movimenta na sociedade e como atua individualmente. Talvez pelo fato de sempre ter tido "paciência" para escutar, e tentar ao máximo ajudar aqueles amigos perdidos ou cheio de preocupações e medos das novas experiências.
Hoje mais do que nunca, tenho a plena certeza de que fiz a escolha certa. Não me vejo fazendo algo que não envolva a psicologia, não me vejo em posição diferente quanto ao sujeito psiquíco. Me admira a loucura, os conflitos, as personalidades, toda infinitude de surpresas que ainda se pode conhecer através do contato com as pessoas. Sei disso a cada paciente, a cada ansiedade com que chegam a mim, a cada possibilidade que tenho de ajudar, amenizar os conflitos, compreender o que se passa ali na minha frente, com uma realidade totalmente própria, subjetividade clara. De fato, ainda há que se tirar a ideia de psicologia = loucura! Talvez seja essa a busca de cada um dos meus colegas que não aguentam ver a selvageria profissional que ainda vemos na sociedade.
Enfim, tento aos poucos fazer minha parte, fazer aquilo com o que hoje sonho e me realizo, tento evoluir sempre, e sei que nesse caminho muita coisa ainda há de ser aprendida, mas não arredo o pé, estou aberta a encontrar novas frustrações e barreiras, assim como várias vitórias saborosas e crescimento pessoal.

Se eu de fato hoje tenho "jeito" pra psicologia? Tomara que sim, tomara que faça parte de mim realmente.

sábado, 19 de setembro de 2009

Quer saber

Não aprendi a medir palavras
E quando você chegou
Nada foi tão simples
nada mais foi triste, era tudo assim
Toda essa vontade de viver, em mim

Quis gritar, não quis me arriscar
a deixar você ir, sem saber tudo
os pensamentos, as tentativas
de te ter pra sempre aqui.
Sua metade em mim.

Não sei me calar como você
diferente, tão diferente de mim
Seu mundo, seus jogos, sou tudo
Tanta calma dizendo verdades
queria o mundo poder ser assim

Quis gritar, quis te falar
não sei me calar, não posso parar
Devagar, mas dentro do tempo
Quem sabe o que quer
Faz o mundo dar voltas, e voltas, e voltas.

Seu mundo, seus jogos, sou nada
Uma confusão, várias ideias
só o silêncio vai dizer ao fim
se foi mesmo melhor não calar o tempo
e a vontade de sempre, a coragem de viver,
não calar o amor, não calar o sentimento
e se quer saber, a coragem de não ser.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Adeus, pseudo alguém

Quem foi que disse que precisamos pensar muito pra jogar em palavras situações, histórias ou emoções? Quem foi que disse que precisa de muito tempo pra externalizar pensamentos? Quem foi que disse que simplicidade não é um bom ponto de partida? Favor, me apresentem, pois discordo dessa conduta, quando se trata de situações cotidianas que não significaram muito. Afinal, tudo depende do significado e do sentido que você remete ao acontecimento em questão, e como vai lidar em seguida, que rumo seus passos vão se direcionar. Assim, sem querer forçar, surgiram após uma conversa divertida e cheia de "hipóteses" bem intencionadas, o que eu me permito chamar de forma lúdica de "alucinações musicais". Sim, mais uma leva de pensamentos soltos em forma de melodia, por mais que eu não entenda quase nada sobre métricas e notas musicais. Segue abaixo então, o que você pode chamar de qualquer coisa, ou nada, um mero rascunho que foi aprovado. Fique a vontade, cada um tem o direito de interpretar da melhor forma, uma brincadeira, que pode dizer muitas verdades:

Mais um ano, outras histórias
você continua com a mesma mania
quer ser alguém que jamais será,
não dá mais pra perder tempo assim
você teve sua chance, errou feio de novo
largue de mim e não reclame.

Te definir em uma palavra
alguém já me disse que de você espera tudo
suas atitudes, sua pseudo amizade
você não é alguém, você é só desculpa
se liga, ninguém quer você na vida

Lado a lado, eu já fiquei,
do seu lado uma vez
meus segredos, minhas ideias
eu te falei, você fingiu entender

tentou me iludir, quis me derrubar
longe, bem longe é onde você
vai estar, então adeus, adeus

vá procurar uma forma
verdadeira de ser alguém,
pseudo realismo não leva a nada
bem melhor errar e ser autêntico
do que continuar assim, e se enganar

Só quem sonha acordado vê o Sol nascer

"Existo onde não sou" Sigmund Freud
"Sem a música, a vida não teria sentido" F. Nietzsche
 
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