sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Eu fecho os olhos, respiro buscando um mantra, uma luz.
Dói enxergar com a alma, dói calar o peito, mas chegou a hora de que é preciso ser desse jeito.
A vida segue um rumo não planejado, sequer imaginado. É apenas a vida, sendo vivida.
Que graça teria se fosse tudo milimetricamente garantido de acordo com nossos planos? Não teríamos os encontros surpresas, os olhares curiosos, ou os pensamentos de agradecimento.
Eu fecho os olhos, mas o coração se expande no silêncio. Sente o toque divino, o som do abraço que ninguém enxerga, e em paz, respiro por mais uma fração de segundos existindo.
É final de ano, época de metas, época de aproximar pessoas, criar expectativas, e acreditar que o novo vai trazer coisas melhores. Melhores pra mim, pra você, pra eles, e até um mundo melhor. Como somos suscetíveis a essas expectativas, nós humanos, que deixamos tantas vezes ao longo desse mesmo ano de enxergarmos um a um quem nos cercava.
Tem horas que até os segundos paralisam, duram eternidades, e é aí que eu fecho os olhos. Tento respirar, tento ver um eu já adormecido, cansado, mas com muito ainda de vida a pulsar. É aí que eu me imagino fora de planos, fora de rumo, fora de qualquer padrão, respirando, buscando sem saber o que, mas tentando apenas viver.
As vezes me considero um clássico exemplo de bipolaridade, um clássico drama em busca da felicidade. Que não acredita em utopias, mas que sabe a dificil missão escolhida. Ou será que fui eu a escolhida pela vida?

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