Temporal

Pra começar, acreditar mais uma vez

Os erros do passado, hoje com olhos no futuro

eu vou querer errar, o que aprendi eu sei

O tempo não cura tudo, não te deixa mais seguro

Não é fácil entender, nunca foi

As pessoas vão embora, a velha história

Como acreditar que tudo um dia não tem fim?

Pra que parar no tempo,
se o tempo não parou por mim

Sigo segundos que não tem fim,
um minuto a mais longe de mim
as horas me distraem, os passos que segui
esqueço tudo pra lembrar daquele tempo
aquele dia na sua frente eu fiquei sem medo
de ver teu sorriso e deixar você partir.

O tempo vai tirar você daqui na mesma hora

Os dias vão passar, quem vai lembrar de tudo

Amanhã já se perdeu, foi só um outro adeus
Por que pensar no depois se só resta o agora
e o tempo continua com você ou sem...

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Os encontros diários que se perdem com o tempo, aquele pensamento não dito, um simples oi, ou o silêncio de um adeus, dizem que o tempo cura, ou será que ele só muda o foco do que sentimos? É impossível parar o tempo, uma ampulheta sem fim, mas com intervalos pequenos e enormes divididos em momentos e sentimentos, em destinos traçados sem um autor exato. Covardia querer negar que as horas passam sem você querer, arriscar perder o tempo com alguém, com o medo do próximo passo em frente ou atrás, revirar o passado pra aproveitar o agora, que depois (daqui a meia hora) só será uma lembrança mais forte pra alguém, ou um tempo perdido na sua história. Sem enxergar o tempo do seu jeito, não aproveita o que ainda tem, mais vale não se conformar que só lhe restam poucos grãos de areia na ampulheta da vida, faça com que cada partícula seja uma luta continua pra não ser desperdiçada e virar poeira. Não se perca em medidas, em cronologia, mais vale o tempo de cada um, pra dores, amores ou sonhos.

E a vida segue com os traços do tempo...