quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O importante

Somos reféns das expectativas que criamos em dias que antecedem as horas, sensações comuns a ansiedade, animação e para alguns, até mesmo medo.
Não é fácil lidar com o que para alguns ainda é desconhecido por completo, assim como para muitos, não é fácil lidar com os pesos de angústias do passado, peso do descaso, e do esquecimento.
Mas assim entramos, e nos colocamos diante desse desconhecido campo de colheita. 
Vem em forma de multiplicações as lágrimas multifacetadas, e a cada nova descoberta o calor de um amor maior e puro nos abraça. Somos acolhidos por seres especiais, que chegam a nos inspirar a dar nossos passos pequenos em busca de chegar mais perto, Daquele que nunca saiu do nosso lado. 
São conversas, que nos remetem a infância, e aí sim, é que nos damos conta de que só assim, com esse espírito e entrega poderíamos compreender a totalidade do que poucos hoje enxergam. 
Momentos que nos diferenciam, e ao mesmo tempo nos fazem corresponder a imagem e semelhança. Entramos como pétalas em formação, e nos molhamos com o orvalho mais fino com a luz mais intensa do amor. 
Aprendemos a fazer parte do que nos sustentaria, do que é ser família. Pois são dedicados afetos e atos que nos presenteiam, e novamente são vistos sorrisos, olhares agradecidos e suspiros acolhidos com apertos de mãos. 
Somos carregados em colos, nos tornamos mais uma vez crianças que não se envergonham de entregar toda a alma em abraços sinceros, em corresponder ao outro com todo coração. Nossos olhos elevam a atenção a cada detalhe novo, sem se dar conta de que o novo já estaria se transformando em nosso peito. 
Assim entramos, assim vivemos cada segundo daquele singular momento tão grandioso que jamais conseguiríamos mensurar. E saímos sem os pesos, sem os medos, mais fortes, modificados, mais honestos com quem somos, podemos ser, e com o mundo; gratos do fio de cabelo a ponta do pé, entregues e ansiosos para que caiam sobre nós chuvas daquele orvalho que tanto nos purificou, nos uniu, e nos cativou. 
Saímos pétalas não mais pequenas, mas descobrimos que pertencemos agora, a um jardim onde o perfume mais suave é guiado por Aquele único rosto, refletido em muitos olhares, e em vozes que cantam as alturas, que a partir daquele momento o importante, é a rosa. 

Lucianna Martins


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